sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cada um tem Dubai e o Governador que merece!

Não sei se temos o governador que merecemos, o fato é que ele foi eleito pela maioria. A democracia é incrível, é o direito que temos de a cada 4 anos, durante 10 segundos, digitar o número de um candidato que imaginamos melhor para nos governar e pára por ai. O governador Luiz Henrique é um exemplo de político totalmente desconectado da realidade do século XXI, se por um lado defende um modelo absolutamente insustentável, excludente e elitista de turismo para Santa Catarina - fazendo apologia ao exemplo de Dubai, por outro tenta impor a criação de um Código Florestal que se aprovado, teria multiplicado por 10 o desastre ocorrido em novembro no nosso estado. Mais recentemente defendeu a implantação de uma pista artificial de esquí no gelo em São Joaquim, um equipamento caríssimo e absolutamente específico, que pode ter algum sucesso em locais com alto fluxo de turístas e nenhuma preocupação com o meio-ambiente, como Dubai. Dubai aliás, náo se preocupa com os direitos humanos e trabalhistas de seus operários, importados de países sub-desenvolvidos e vivendo sem direito de acessar os equipamentos urbanos e o "paraíso desértico" construído por eles. Será que é táo difícil de perceber que construir uma estratégia econômica e de turismo de sucesso não é algo que exija bilhões de dólares, impactos ambientais profundos e concentração de renda? Talvez baste sensibilidade, vontade política e senso democrático. Planejamento e gestáo que passe pela preservação radical da natureza, como um ativo econômico que irá atrair milhares de turistas justamente pela possibilidade de estarem em espaços exemplares de ocupação humana em harmonia com o meio-ambiente; que considere a cultura local e a nossa história, que náo pode ser artificial ou reproduzida, mas preservada, incentivada e divulgada. Investimentos governamentais que considerem a realidade local e as características de cada região, atuando em consonância com a iniciativa privada e a comunidade, apenas ampliando e consolidando potencialidades e qualidades já existentes ali, e temos muitas. Porque náo podemos eleger políticos mais sensíveis, mais humanos, mais democráticos, mais antenados com as exigéncias e expectativas (sonhos) deste século XXI no qual já vivemos, embora todos ainda tenhamos na cabeça as idéias do século passado. Vamos eleger políticos antenados com as novas tendências e necessidades humanas, vamos nós mesmo levantar esta discussáo e tentar qualificar o debate sobre cidades mais humanas e regiões articuladas em arranjos produtivos, culturais, econômicos e ambientais que respeitem a vocação e a cultura pré-existente. Boa sorte a todos, náo podemos ficar parados, nem calados!

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