sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dubai em ruinas!

Totalmente previsível, a partir do momento que os Ditadores de Dubai decidiram de forma arrogante, centralizada e anti-democrática construir uma disneiländia no deserto era só uma questáo de tempo para sua ruína. Sinceramente achei que este simulâcro de cidade turística duraria mais uns 5 ou 6 anos, mas a morátória que abalou o mundo nesta semana, declarada por bancos e construtoras de lá, abriu os olhos de todos. Construções abandonadas, trabalhadores superexplorados e agora sem pai, nem mãe e muito menos direitos trabalhistas, uma paisagem desolada e revoltante...
um país com aldeia de pescadores, totalmente integrado aquele ambiente, com o dinheiro negro jorrando teria um grande potencial turístico se houvesse um projeto de nação, democrático, com a participação de todos poderiam ser construídos uma infra-estrutura coerente, sustentável, de forma planejada e com preocupação paisagística e principalmente com as características do clima local e a cultura do deserto, mas não a arrogância global do capitalismo acha que pode criar apenas com dinheiro uma cidade e suas relações urbanas, não é possível... Importante que todos saibamos que cidades são fruto das relações humanas, sua interação com o ambiente o a passagem do tempo... Viva a queda de Dubai! Que sirva de lição para os arrogantes de plantão!

Paisagem Ameaçada!

Creio que com bom senso e a sensibilidade com a cidade, sua história e sua essência podem nos levar a ser uma referência mundial em termos de desenvolvimento cidadão e sustentável. Não são ações retrógradas e ultrapassadas, de grande impacto visual, estrutural e paisagístico que trarão isso. Falo da Reurbanização da Beira-Rio, que deve ser tratada com muito carinho e respeito, envolvendo toda a cidade, sem pressa e de afogadilho, acho que é possível com técnica e ações de permacultural e geologia/engenharia ambiental de baixo impacto criar um parque ciliar única no mundo, respeitando a vegetação e a fauna, com passarelas e decks suspensos, pistas de arvorismo, ciclovias, microcontenções usando a própria estrutura da natureza e sua lógica a nosso favor. Podemos dar exemplo, e isso no século XXI se faz com simplicidade, participação, criatividade e sensibilidade. Acredito que todos os envolvidos tem boas intenções, por isso sugiro que deixemos a raiva de lado e possamos construir uma solução em conjunto, buscando o melhor para toda a cidade e a região, não apenas pensando no curto prazo, mas nos próximos 100 anos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Otimismo!

Estamos superando a crise? Não, não me refiro à recente crise, aliás, a atual que estamos tentando superar; pra variar de forma injusta e antidemocrática, onde governos assumem as dívidas de bancos e seguradoras para garantir além da estabilidade do “sistema”, o lucro dos acionistas. A crise a que me refiro é a da própria humanidade neste início do século XXI. Depois de mais de 200 anos o capitalismo já pôde provar várias vezes que não é a melhor forma de organização social, embora no século XVII tenha sido um grande avanço na superação do feudalismo. Não é preciso enumerar, apesar dos avanços, os malefícios deste sistema individualista, explorador e injusto. Mas a humanidade sempre evolui, inexoravelmente! Claro que existem altos e baixos, desvios e atrasos, mas o movimento é sempre pra frente, evolutivo. Temos motivos para ser otimistas, para continuar acreditando e lutando por um mundo melhor, esse é o sentido de nossa existência. Mesmo com 1 bilhão de pessoas subnutridas atualmente, a África em situação deplorável, guerras e conflitos generalizados, violência urbana, genocídio no trânsito, valorização do capital em detrimento do trabalho, a classe média tendo que trabalhar em 2 ou 3 empregos apenas para pagar as contas do mês. Quer dizer, é preciso ser persistente ou louco para continuar sendo otimista, mas o mundo precisa desta energia positiva. Neste início do século XXI a humanidade está precisando se redefinir, buscar novos rumos e valores, individuais e coletivos. É preciso superar a irracionalidade que domina a grande mídia, a governança mundial e os países ricos, os bancos e o sistema financeiro, a indústria armamentista etc, etc. Na verdade esqueci os motivos que me levaram a escrever sobre como sou otimista, talvez um torneiro mecânico na presidência aqui, um negro nos Estados Unidos, mulheres no Chile e Argentina e talvez aqui em 2011. Ou, pela tendência que as coisas têm de ser melhores naturalmente, aceleradas pelos cidadãos conscientes, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, os bons políticos e governantes sérios, empresários engajados e todos nós. Uma visão otimista ilumina o futuro, ajuda a suportar o presente e a respeitar o passado. Apesar das injustiças, das ideologias divergentes e dos obstáculos, sejamos sensíveis, inconformados e otimistas!
Texto do Arquiteto Christian Krambeck, publicado no jornal Folha de Blumenau, 23/11/2009.

domingo, 15 de novembro de 2009

CONCURSO PÚBLICO MARCO DE ENTRADA DE BRUSQUE!

Vem ai mais uma grande oportunidade de pensar a cidade e propor uma intervenção que possa marcar a paisagem urbana de Brusque e contribuir para a imagem da cidade. É hora de mostrar que arquitetura pode ir muito além de cumprir adequadamente suas funções... O Concurso do Portal de Brusque realizado pela Prefeitura de Brusque em parceria com o IAB-SC merece destaque, é uma iniciativa que contribui com a profissão e com a arquitetura, indicando um caminho possível para sair do marasmo e da mesmice dos projetos feitos internamente nos departamentos técnicos das prefeituras. Não se trata de menosprezar os respectivos arquitetos que ali trabalham, mas constatar que é impossível conciliar a pressão do dia a dia e o volume de trabalho cotidiano que têm com a concentração necessária para pensar um projeto arquitetônico desta importância. Parabéns também ao prefeito de Brusque pela sensibilidade e percepção de que o Concurso Público é o melhor caminho para qualificar a cidade e sua arquitetura e que o poder público tem obrigação constitucional é cidadã de incentivar e aplicar ao máximo este expediente.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Simplicidade ou mediocridade...

Como poderíamos definir a falta de criatividade, a fraqueza das iniciativas políticas, falta de competência técnica e principalmente a articulação e integração entre todas essas dimensões na gestão de nossas cidade em pleno século XXI? Mediocridade ou apenas algo natural e imutável, resultado de um conformismo arraigado em nossa sociedade, que se contenta com uma suposta democracia, simulâcro de governança? Realmente a impressão é que os políticos atuais, pelo menos a maioria deles, estão superados, envelhecidos, arcaicos e ransosos e ao mesmo tempo os articuladores e lideres sociais atuantes não se empolgam com a idéia de intervir e participar mais ativamente da vida pública, buscando algo novo, leve, sério, comprometido, criativo e efetivo para as cidades e seus problemas. Será que é realmente tão difícil administrar as cidades ou o maior problema é a falta de vontade e vocação pública das pessoas, que na maioria das vezes estão focadas na satisfação única e exclusivamente dos interesses próprios e em alguns casos, excusos! E o pior é que não temos opção de candidatos decentes e que representem o novo, que possam levar um dos anceios dos arquitetos à frente, o planejamento urbano, a gestão qualificadas das cidades e cidades mais sustentáveis e felizes... sugiro que o IAB se organize para debater o futuro das cidades, aliás, todos os arquitetos, inclusive os omissos que só pensam no seu umbigo ou escritório e não estão nem ai para a cidade, o futuro da profissão e para a qualidade da arquitetura. Serviu a carapuça em alguém? Claro que não, porque todos os arquitetos da médio vale do Itajaí são combativos, críticos, comprometidos, interessados e cidadãos...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Blumenau, nossa paisagem única!

Parque das Itoupavas e Velha, ótimas notícias...

Boas notícias chegam, parece que ano que vem teremos 2 novos parques urbanos de pequenos porte, um na Itoupava Central e outro na Velha. Não podemos deixar de elogiar esta iniciativa e torcer para que a Prefeitura tenha condições de cobrir todas as regiões da cidade, inclusive com estratégias para a região Metropolitana.