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domingo, 28 de junho de 2009
gestáo urbana e responsabilidade social
Infelizmente vamos perdendo grandes oportunidades de nos colocarmos enquanto cidade e regiáo, na vanguarda das transformacões urbanos deste início de século. Continuamos com uma visão atrasada, acanhada e até medíocre a respeito de como produzir uma cidade mais democrática, participativa, empreendedora, economicamente pujante, de cultura inovadora e popular e ecologicamente sustetável. Parece que o desastre de novembro já começa a ser esquecido e tiramos pouquíssimas lições, como em todas as outras vezes, onde aparecem muitos discursos e poucas ações, principalmente as planejadas e sustentáveis.
É impressionante a omissáo do poder público em relação à construção de um novo modelo de planejamento urbano e uma nova forma de ocupação do nosso território. As ações continuam sendo pontuais, de pouca qualidade, sem participação social e sem se considerar seus impactos de uma forma mais profunda e ampla. Não há criatividade, náo há vitalidade nas iniciativas públicas e nem da sociedade civil, parece que padecemos todos de uma apatia generalizada, cada um querendo viver o seu mundo e resolver os seus problemas. Em novembro tivemos uma pequena resposta do que vai acontecer daqui para a frente; e continuamos surdos e cegos, será preciso algo mais devastador para que possamos abandonar nossa cegueira?
quarta-feira, 17 de junho de 2009
[Grécia] Sob os estacionamentos, os parques!
A dinâmica das revoltas em dezembro do ano passado trouxe mais uma mania na Grécia.
Com a euforia do "verde", parques e jardins estão crescendo e se espalhando pelas cidades gregas, principalmente na capital do país, Atenas, uma das capitais com mais concreto da Europa.
Cansados de serem esquecidos pelos prefeitos, políticos e governo, a população está ocupando e construindo eles mesmos, com as próprias mãos, em autogestão, espaços verdes no lugar de estacionamentos públicos e privados para carros. Equipados com britadeiras ou picaretas, eles destroem o concreto para plantar árvores.
Um movimento que vem crescendo com a adesão de toda a população e está deixando suas marcas. Ninguém, nem a polícia, nem as autoridades parece poder ou querer acabar com o movimento.
Organizados em milícias, durante a noite, os populares patrulham os jardins revolucionários para protegê-los, e organizam “vaquinhas” para obter fundos para comprar mudas, adubo e terra.
Os tribunais gregos foram tomados de assalto por estes comitês verdes, a fim de serem reconhecidas e legitimadas suas ações, o que deixou os promotores sem reação.
Essa febre verde não parece estar perto de se acalmar, pois a cada dia novos bairros e cidades são "contaminados" por este “vírus verde”: Brilissia, Elaionas, Challandri, Exarchia, Botaniko, Patras, Tessalônica...
Neste sábado (4), em Tessalônica, no bairro Cidade Alta, mais um espaço cimentado sofreu uma intervenção-plantio de populares da vizinhança.
Fotos, aqui: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1015434
agência de notícias anarquistas-ana
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