Texto publicado no Jornal de Santa Catarina de 16/12/2009, hoje...
Estamos superando a crise? Não, não me refiro à recente crise, aliás, a atual que estamos tentando superar; pra variar de forma injusta e antidemocrática, onde governos assumem as dívidas de bancos e seguradoras para garantir além da estabilidade do “sistema”, o lucro dos acionistas. A crise a que me refiro é a da própria humanidade neste início do século XXI. Depois de mais de 200 anos o capitalismo já pôde provar várias vezes que não é a melhor forma de organização social, embora no século XVII tenha sido um grande avanço na superação do feudalismo. Não é preciso enumerar, apesar dos avanços, os malefícios deste sistema individualista, explorador e injusto. Mas a humanidade sempre evolui, inexoravelmente! Claro que existem altos e baixos, desvios e atrasos, mas o movimento é sempre pra frente, evolutivo. Temos motivos para ser otimistas, para continuar acreditando e lutando por um mundo melhor, esse é o sentido de nossa existência. Mesmo com 1 bilhão de pessoas subnutridas atualmente, a África em situação deplorável, guerras e conflitos generalizados, violência urbana, genocídio no trânsito, valorização do capital em detrimento do trabalho, a classe média tendo que trabalhar em 2 ou 3 empregos apenas para pagar as contas do mês. Quer dizer, é preciso ser persistente ou louco para continuar sendo otimista, mas o mundo precisa desta energia positiva. Neste início do século XXI a humanidade está precisando se redefinir, buscar novos rumos e valores, individuais e coletivos. É preciso superar a irracionalidade que domina a grande mídia, a governança mundial e os países ricos, os bancos e o sistema financeiro, a indústria armamentista etc, etc. Na verdade esqueci os motivos que me levaram a escrever sobre como sou otimista, talvez um torneiro mecânico na presidência aqui, um negro nos Estados Unidos, mulheres no Chile e Argentina e talvez aqui em 2011. Ou, pela tendência que as coisas têm de ser melhores naturalmente, aceleradas pelos cidadãos conscientes, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, os bons políticos e governantes sérios, empresários engajados e todos nós. Uma visão otimista ilumina o futuro, ajuda a suportar o presente e a respeitar o passado. Apesar das injustiças, das ideologias divergentes e dos obstáculos, sejamos sensíveis, inconformados e otimistas!
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