Recentemente o Prefeito de Bombinhas demonstrou sua falta de compromisso com os cidadãos e com o desenvolvimento sustentável e equilibrado deste belo balneário. Na contramão da humanização das cidades e valorização do pedestre e ciclistas, o Prefeito e “seus” vereadores determinaram a destruição do canteiro central da principal avenida da praia de Bombas, por onde todos os dias, são obrigados a passar milhares de banhistas, moradores e turistas. Além de trazer insegurança e desconforto para os pedestres, que já não têm calçadas decentes, piorou muito a paisagem urbana da cidade, pois também cortou as palmeiras que cresciam naquele local.
O Prefeito optou por uma solução improvisada e sem o devido embasamento técnico, em detrimento da segurança e conforto de todos nós. O correto em qualquer lugar civilizado seria diminuir o espaço dos carros para a construção de calçadas niveladas e espaçosas, onde possam transitar crianças, idosos, carrinhos de bebê, pessoas com deficiência temporária ou permanente, obesos etc; ou implantar uma ciclovia de ponta a ponta da praia; ou ainda, desapropriar amigavelmente parte dos terrenos privados à beira-mar para a construção de um lindo calçadão, público e democrático. Atitudes com o foco no desenvolvimento sustentável do século XXI implicam maior qualidade de vida para as atuais e futuras gerações; qualificação do consumo e conseqüente aumento do movimento do turismo e comércio e principalmente na preservação da praia e do mar, que é a essência de tudo.
Ainda vivem no século passado os que pensam em aumentar de forma indiscriminada e inconseqüente a quantidade de pessoas a cada verão, para aumentar o consumo. Vários estudos comprovam que quando um balneário turístico ultrapassa sua capacidade máxima de receber pessoas o fluxo começa a se inverter e o local perde vitalidade, principalmente devido ao estresse e desconforto gerados pela superlotação, trânsito caótico, poluição, preços abusivos etc. Alguém ainda duvida de que já estamos no limite aqui em Bombas e Bombinhas, para não falar do resto, daqui pra frente pagaremos um alto preço por nossos erros ou nossa omissão. O crescimento desordenado, o trânsito caótico, a falta de planejamento e compromisso com o futuro não podem continuar sendo nossa única opção!
O que precisamos são governantes sérios, comprometidos com o futuro, com novos ideais e idéias. Precisamos pensar alternativas corretas, a partir da harmonia entre homem e natureza. Atrair turistas e moradores para as demais estações do ano de forma inovadora e criativa, senão, quando chega o verão cada vendedor e comerciante quer vender tudo de forma alucinante para tirar o lucro do ano. Assim, não há racionalidade que resista, muito menos nossa paradisíaca praia.Convidamos todos a refletir sobre esta situação extrema, sobre nosso futuro comum e como seus filhos e netos poderão usufruir das mesmas qualidades que usufruímos hoje! Quem sabe se agirmos de alguma forma, individual ou coletivamente, ainda podemos salvar nossa praia e contribuir no combate contra o aquecimento global, já que os governantes do mundo desenvolvido lavaram as mãos.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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