
Acesse também
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Dubai em ruinas!

Totalmente previsível, a partir do momento que os Ditadores de Dubai decidiram de forma arrogante, centralizada e anti-democrática construir uma disneiländia no deserto era só uma questáo de tempo para sua ruína. Sinceramente achei que este simulâcro de cidade turística duraria mais uns 5 ou 6 anos, mas a morátória que abalou o mundo nesta semana, declarada por bancos e construtoras de lá, abriu os olhos de todos. Construções abandonadas, trabalhadores superexplorados e agora sem pai, nem mãe e muito menos direitos trabalhistas, uma paisagem desolada e revoltante...
um país com aldeia de pescadores, totalmente integrado aquele ambiente, com o dinheiro negro jorrando teria um grande potencial turístico se houvesse um projeto de nação, democrático, com a participação de todos poderiam ser construídos uma infra-estrutura coerente, sustentável, de forma planejada e com preocupação paisagística e principalmente com as características do clima local e a cultura do deserto, mas não a arrogância global do capitalismo acha que pode criar apenas com dinheiro uma cidade e suas relações urbanas, não é possível... Importante que todos saibamos que cidades são fruto das relações humanas, sua interação com o ambiente o a passagem do tempo... Viva a queda de Dubai! Que sirva de lição para os arrogantes de plantão!
Paisagem Ameaçada!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Otimismo!
Estamos superando a crise? Não, não me refiro à recente crise, aliás, a atual que estamos tentando superar; pra variar de forma injusta e antidemocrática, onde governos assumem as dívidas de bancos e seguradoras para garantir além da estabilidade do “sistema”, o lucro dos acionistas. A crise a que me refiro é a da própria humanidade neste início do século XXI. Depois de mais de 200 anos o capitalismo já pôde provar várias vezes que não é a melhor forma de organização social, embora no século XVII tenha sido um grande avanço na superação do feudalismo. Não é preciso enumerar, apesar dos avanços, os malefícios deste sistema individualista, explorador e injusto. Mas a humanidade sempre evolui, inexoravelmente! Claro que existem altos e baixos, desvios e atrasos, mas o movimento é sempre pra frente, evolutivo. Temos motivos para ser otimistas, para continuar acreditando e lutando por um mundo melhor, esse é o sentido de nossa existência. Mesmo com 1 bilhão de pessoas subnutridas atualmente, a África em situação deplorável, guerras e conflitos generalizados, violência urbana, genocídio no trânsito, valorização do capital em detrimento do trabalho, a classe média tendo que trabalhar em 2 ou 3 empregos apenas para pagar as contas do mês. Quer dizer, é preciso ser persistente ou louco para continuar sendo otimista, mas o mundo precisa desta energia positiva. Neste início do século XXI a humanidade está precisando se redefinir, buscar novos rumos e valores, individuais e coletivos. É preciso superar a irracionalidade que domina a grande mídia, a governança mundial e os países ricos, os bancos e o sistema financeiro, a indústria armamentista etc, etc. Na verdade esqueci os motivos que me levaram a escrever sobre como sou otimista, talvez um torneiro mecânico na presidência aqui, um negro nos Estados Unidos, mulheres no Chile e Argentina e talvez aqui em 2011. Ou, pela tendência que as coisas têm de ser melhores naturalmente, aceleradas pelos cidadãos conscientes, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, os bons políticos e governantes sérios, empresários engajados e todos nós. Uma visão otimista ilumina o futuro, ajuda a suportar o presente e a respeitar o passado. Apesar das injustiças, das ideologias divergentes e dos obstáculos, sejamos sensíveis, inconformados e otimistas!
Texto do Arquiteto Christian Krambeck, publicado no jornal Folha de Blumenau, 23/11/2009.
domingo, 15 de novembro de 2009
CONCURSO PÚBLICO MARCO DE ENTRADA DE BRUSQUE!


Vem ai mais uma grande oportunidade de pensar a cidade e propor uma intervenção que possa marcar a paisagem urbana de Brusque e contribuir para a imagem da cidade. É hora de mostrar que arquitetura pode ir muito além de cumprir adequadamente suas funções... O Concurso do Portal de Brusque realizado pela Prefeitura de Brusque em parceria com o IAB-SC merece destaque, é uma iniciativa que contribui com a profissão e com a arquitetura, indicando um caminho possível para sair do marasmo e da mesmice dos projetos feitos internamente nos departamentos técnicos das prefeituras. Não se trata de menosprezar os respectivos arquitetos que ali trabalham, mas constatar que é impossível conciliar a pressão do dia a dia e o volume de trabalho cotidiano que têm com a concentração necessária para pensar um projeto arquitetônico desta importância. Parabéns também ao prefeito de Brusque pela sensibilidade e percepção de que o Concurso Público é o melhor caminho para qualificar a cidade e sua arquitetura e que o poder público tem obrigação constitucional é cidadã de incentivar e aplicar ao máximo este expediente.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Simplicidade ou mediocridade...
Como poderíamos definir a falta de criatividade, a fraqueza das iniciativas políticas, falta de competência técnica e principalmente a articulação e integração entre todas essas dimensões na gestão de nossas cidade em pleno século XXI? Mediocridade ou apenas algo natural e imutável, resultado de um conformismo arraigado em nossa sociedade, que se contenta com uma suposta democracia, simulâcro de governança? Realmente a impressão é que os políticos atuais, pelo menos a maioria deles, estão superados, envelhecidos, arcaicos e ransosos e ao mesmo tempo os articuladores e lideres sociais atuantes não se empolgam com a idéia de intervir e participar mais ativamente da vida pública, buscando algo novo, leve, sério, comprometido, criativo e efetivo para as cidades e seus problemas. Será que é realmente tão difícil administrar as cidades ou o maior problema é a falta de vontade e vocação pública das pessoas, que na maioria das vezes estão focadas na satisfação única e exclusivamente dos interesses próprios e em alguns casos, excusos! E o pior é que não temos opção de candidatos decentes e que representem o novo, que possam levar um dos anceios dos arquitetos à frente, o planejamento urbano, a gestão qualificadas das cidades e cidades mais sustentáveis e felizes... sugiro que o IAB se organize para debater o futuro das cidades, aliás, todos os arquitetos, inclusive os omissos que só pensam no seu umbigo ou escritório e não estão nem ai para a cidade, o futuro da profissão e para a qualidade da arquitetura. Serviu a carapuça em alguém? Claro que não, porque todos os arquitetos da médio vale do Itajaí são combativos, críticos, comprometidos, interessados e cidadãos...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Parque das Itoupavas e Velha, ótimas notícias...

Boas notícias chegam, parece que ano que vem teremos 2 novos parques urbanos de pequenos porte, um na Itoupava Central e outro na Velha. Não podemos deixar de elogiar esta iniciativa e torcer para que a Prefeitura tenha condições de cobrir todas as regiões da cidade, inclusive com estratégias para a região Metropolitana.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Habitação e Emoção, um capítulo à parte!
Finalizado o curso, brilhante, uma cena ao final deixa a sensação de algo a mais no ar... Demetre, competente e respeitado arquiteto, querendo falar mais, mostrar e fazer conta, mesmo que a perda do vôo fosse a consequência, e o pessoal puxando-o pelo braço. A impressão é que ele queria passar mais coisa, tinha sede de socializar sua experiência e conhecimento, típico de quem acredita num país melhor, mais justo e sem problemas habitacionais e que sabe que o tempo é rápido. O curso foi indescritível, um misto de conhecimento e capacidade técnica, experiência prática projetual e construtiva, visão política, empreendedorismo e uma boa conversa. Quem não fez perdeu uma daquelas oportunidades raras, que alguns perdem durante toda sua vida por não buscar algo mais, se contentar com o status quo. Mas, haverão outras, inclusive o complemento perfeito, um curso sobre habitação com a Caixa, em breve. Capítulo à parte, o próprio Demetre, ser humano de 2 metros de altura, mas de uma sensibilidade e coração muito maiores, alguém com uma ternura contagiante, que é capaz de se emocionar em público por sonhos realizados, pequenas passagens de suas relações humanas, com a simplicidade de uma mutirante que acredita e luta para crescer na vida e nos camaradas que tombaram em épocas de militancia comunista. Demetre veio e mostrou que o projeto Minha Casa, Minha Vida é o maior, mais abrangente e melhor programa habitacional da história deste jovem país e, principal, pode se tornar uma espécie de Projeto Rondom da Habitação, pode mobilizar a nação para resolver seu problema habitacional, que é de todos nós. E o melhor, mostrou concretamente que podemos fazer isso ganhando dinheiro e fazendo boa arquitetura e urbanismo! Vamos nessa...
Ex-presidente Nacional do IAB lança nossa Sônia Roese para direção do IAB-SC.
Claro que foi uma deferência, constatação e elogio à nossa querida presidenta e sua competente e prestativa equipe, mas o fato é que o arq. Demetre Anastassakis expressou um sentimento sincero e que talvez seja um indicativo para o futuro. Estamos muito bem de presidente, Jorge Raineski e nosso, se me permitem, grupo inaugurou uma nova fase no IAB-SC, a de superar a hegemonia da capital e possibilitar a rotatividade e descentralização da direção estadual. De qualquer forma acho que seria muito bom para a arquitetura e para nossa profissão, especialmente para a criação do CAU, que está bastante avançada no Congresso, inclusive com apoio de LULA e várias forças políticas, que o grupo de Blumenau pensasse com carinho nessa possibilidade, tenho certeza que seria possível tecer uma rede de colaboração, participação e realização muito interessante. Uma estrutura nova e mais condizente com o século XXI, levantar algumas questões importantes e continuar fortalecendo o campo de trabalho e essa deliciosa profissão que é a arquitetura e urbanismo. Parabéns à Sonia, Chiara, Magali, Alessandra, Anderson, Rael, Dani, Daniel e todos que se somam ou somaram...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Começa Curso sobre Habitação Social com arquiteto carioca ex-presidente IAB-NACIONAL.



Muito interessante o curso iniciado hoje com o arquiteto Demetre Anastassakis, ex-presidente IAB-DN, entre os vários pontos levantados destacam-se a necessidade de olharmos a habitação social como uma grande oportunidade de trabalho e como uma possibilidade de fazer boa arquitetura. O arquiteto prova que construír para as classes D e E é viável e que já há um movimento defendendo o direito à arquitetura para o povo. Amanhã falará sobre o empreendedorismo para arquitetos.
Abaixo link de uma entrevista disponível no YOU TUBE sobre a Lei de Assistência Técnica e o Empreendedorismo do arquiteto em habitação social:
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Arquitetos discutem soluções habitacionais em Blumenau!

Matéria publicada na edição 329, no dia 22-10-2009 - Jornal Folha de Blumenau.
Habitação é tema de encontro
Começa nesta quinta-feira (22) o primeiro curso promovido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) – Núcleo de Blumenau do – para debater soluções na área de arquitetura e assistência social. Os encontros vão discutir possíveis projetos para moradia popular na região de Blumenau.A presidente do Núcleo de Blumenau, Sônia Roese, diz que os profissionais querem contribuir com a técnica e as experiências. “A ideia é incentivar uma maior reflexão do tema para que a cidade se adapte à nova realidade territorial definida pela calamidade de novembro”, destaca.O curso se estende até a sexta-feira (23), com atividades durante os dois dias, no auditório do Crea, no Centro. No encontro, as arquitetas Cláudia Pires e Helga Silva coordenam o debate sobre o aperfeiçoamento profissional de arquitetos urbanistas com ênfase na habitação de interesse social.Já o segundo encontro, programado para 26 e 27 de outubro, tem como tema as ações do setor público para habitação voltada ao público de baixa renda. O enfoque principal está nos investimentos e nas políticas federais adotadas para o setor.Além de profissionais e estudantes de Arquitetura, os encontros devem reunir engenheiros, construtoras e integrantes de Prefeituras, que precisam definir novos planos habitacionais. “Debater a questão é fundamental para indicar os rumos da habitação social”, revela Sônia
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Segurança Pública?
Artigo publicado no Jornal de Santa Catarina de 22/10/2009 e no Jornal Folha de Blumenau de 21/10/2009.
A miopia ou arrogância faz com que alguns enxerguem a solução para a segurança pública apenas sob a ótica do policiamento e repressão, esquecendo-se que a insegurança e a violência são reflexos do “estado de espírito” da sociedade atual, e como tal devem ser tratados, ou seja, com inteligência, sensibilidade, democracia e planejamento urbano. Além, em longo prazo, da educação e distribuição de renda. Muitas vezes, a própria sociedade resolve ou ameniza seus problemas de forma espontânea e inteligente. Exemplo disto são os micro empreendedores do cachorro-quente, que com suas barraquinhas e minivans transformam as noites da nossa cidade, trazendo alegria, olhos amigos, luz, som, movimento e segurança, além é claro, de deliciosos cachorros quentes. Como professor de urbanismo, explico aos meus alunos que um dos principais fatores de segurança urbana noturna é a presença de pessoas, são os olhos da cidade, ou seja, pessoas passando e convivendo que olham e cuidam umas das outras. O contrário disso são ruas desertas, escuras e sem movimento, um convite aos marginais de plantão. Cada carrinho destes pode gerar segurança para uma área de 200 metros de raio, imaginem vários destes empreendimentos ambulantes espalhados pela cidade e a vida que iam trazer para vários pontos antes deteriorados. É claro que precisa haver planejamento urbano integrado e regras claras para garantir a convivência pacífica com os demais estabelecimentos, a higiene e salubridade e o pagamento de impostos, mas não se pode ter uma visão retrógrada e simplista e proibir tais atividades, principalmente durante a noite, quando o movimento da cidade praticamente desaparece. Muitas vezes nos preocupamos com o problema errado e deixamos de ver coisas mais importantes, neste caso, além dos benefícios já citados, a venda noturna do consagrada pão com salsicha e molho gera renda para quase 100 famílias blumenauenses. Alguns hipócritas criticam durante o dia e à noite fazem fila para degustá-los. Precisamos dinamizar a cidade, garantindo oportunidades iguais a todos e buscando maneiras novas para resolver antigos problemas. Bom senso, criatividade, tolerância e sensibilidade são sempre bem vindos, afinal, já vivemos no século XXI e temos todas as condições para começar a construir territórios inteligentes. Vida longa aos carrinhos de cachorro quente, respeitá-los e deixá-los trabalhar em paz já é um começo!
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
TERRITÓRIOS INTELIGENTES!
ver Instituto Metropolis de Madri, do arquiteto Alfonso Vegara, que pesquisa o desenvolvimento de territórios inteligente, quem sabe o Vale do Itajaí possa ser precursor no Sul do Brasil e Blumenau o vetor principal. Os interessados estão convidados para o debate, pesquisem...
domingo, 4 de outubro de 2009
Beira Rio de Todos!
Uma nova ameaça? Ou apenas mais uma! Está virando rotina a tomada de decisões sem a devida discussão pública e o direito ao contraditório e opiniões contrárias - princípio de qualquer democracia e gestão urbana. Trata-se do projeto para a Beira-Rio, margem esquerda. Antes de polemizar e afirmar coisas que não se sabe com precisão, talvez seja melhor formular preocupações e dúvidas:
- será que o projeto foi realmente apresentado à sociedade e discutido e amadurecido como devido?
- ou será que, diante das trajédias ambientais, vamos usar a pressa como pretexto para continuar perpetuando situações de risco e realizando projetos sem o devido planejamento?
- será que o projeto respeita uma das principais e mais marcantes características paisagísticas e ambientais de Blumenau, a vegetação exuberante que permeia esse lindo vale cortado pelo Itajaí-Açú e rios menores?
- será que o projeto atende as expectativas e necessidades de toda a socieade ou apenas os proprietários daquela margem?
- será que não é possível conciliar um projeto avançado, abrangente, moderno e manter o respeito e preservação do meio ambiente?
- será que os pássaros, capivaras, borboletas, roedores e outros animais e insetos vão continuar ali sobre um tapete de concreto?
- será que o projeto é criativo e inovador, ou apenas, uma resposta emergencial para um problema recente?
- será que não seria melhor concluir primeiro o segundo trecho da Beira-Rio, margem direita, antes de investir na outra margem e concretizar um projeto polêmico e que pode desfigurar a cara do centro de Blumenau e prejudicar o meio ambiente?
- Será que os municípios abaixo de Blumenau, no curso do Rio e mais próximos à foz estão sabendo que a velocidade e o volume da água vão aumentar, passando mais rápido por Blumenau e chegando antes e em maior quantidade em seus territórios???/???
Com a palavra o Ministério Público, a FURB, o IAB-BLUMENAU, GEU-BLUMENAU, Secretaria Regional, Secretaria de Planejamento, ACAPRENA, OAB, UNIBLAM, Conselhos de Planejamento e outros e a população em geral...
sábado, 19 de setembro de 2009
Artigo Patrimônio Ambiental publicado no Santa
Foi publicado na edição deste final de semana, 19/09, do Jornal de Santa Catarina o artigo Patrimônio Ambiental, postado num post anterior abaixo, do arquiteto e urbanista Christian Krambeck, integrante do IAB e um dos coordenadores do Grupo de Estudos Urbanos de Blumenau. Comentários podem ser postados diretamente aqui neste blog.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Mais uma área pública ameaçada em Blumenau!
Acabo de ler uma notícia preocupante do Santa, que o Conselho de Planejamento aprovou o projeto da LN, incorporadora de Curitiba, para construção de 2 torres de 18 andares residencial e mais uma torre de 9 andares comercial no terreno do BEC. Acho que a culpa é nossa por não estarmos ainda preparados para realizar uma campanha para que aquele espaço se torne público, um parque, praça, equipamentos urbanos etc. Mas creio que o mínimo a fazer e solicitar à Secretaria de Planejamento a apresentação do projeto aprovado para que os arquitetos e talvez a FURB possamos nos posicionar sobre o assunto. De antemão me parece que o impacto não diminuiu em nada e realmente não sei se a absurda e inexistente relação urbana do projeto anterior foi corrigida, em discussões anteriores isso foi muito criticado, pois estabelecia espaços residuais e não criava nenhuma urbanidade e escala humana. Vamos ver se o novo projeto contempla as expectativas e necessidades urbanas daquele espaço e da sociedade ou se olha apenas para sí, privatizando um espaço absolutamente sensível e estratégico para a sociedade blumenauense. Talvez a Prefeitura possa nos responder e inclusive submeter o ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA a posterior discussão. Vamos tentar falar sobre isso e difundir a informação e o risco que corremos!
arq. urb Msc. Christian Krambeck
geublumenau.blogspot.com
domingo, 6 de setembro de 2009
patrimônio ambiental e identidade
Em pleno século XXI vão se conformando nas cidades, alguns valores ignorados até então, como elementos indutores da qualidade de vida e sua inserção na cena global. Patrimônio cultural, histórico, arranjos e enclaves financeiros, regiões do conhecimento e informação, entre outros, mas um deles talvez reúna um potencial ainda pouco valorizado e uma síntese da caminhada do homem e sua interação com o planeta, o patrimônio ambiental. Blumenau tem vários destes ingredientes, em menor ou maior grau e importância, mas nada se compara a qualidade paisagística e ambiental que temos no seio de nosso território, que se exprime na forma como se deu e se dá a ocupação deste verdejante vale e na incrivel quantidade de vegetação que se esparrama dos morros e brota dos rios permeando nossas ruas, edificações, parques e praças! Levantem a vista, olhem ao lado, creio que poucas cidades brasileiras apresentam essa característica de forma tão intensa e marcante. Será que estamos preparados para descobrir como preservar essa identidade, potencializá-la, tirar partido ambiental e economico? Será que nossas leis, planos diretores, atitudes, ações e convicções estão a respeitar essa obra maravilhosa e as futuras gerações? Será que estamos dando exemplo de como o homem se relaciona com a natureza de forma equilibrada e mútua, garantindo a existência de ambos e aproveitando toda sua energia?
Creio que precisamos abrir mais os olhos, realizar um ensaio sobre nossa cegueira e começar a ter mais atitudes a partir de nossa capacidade crítica coletiva, a partir de nossa suposta capacidade de agir enquanto cidadãos confinados dentro de um mesmo território, que amam sua cidade e seu povo; e que vão começar a pensar e agir para termos realmente uma cidade referência mundial em termos de sustentabilidade, cultura, cidadania, urbanidade e beleza ambiental. Viva o rio, viva o verde, viva a fauna e a flora e viva o homem!
Assinar:
Postagens (Atom)