segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

IAB e GEU-BLUMENAU VISTORIAM ALGUNS LOCAIS ATINGIDOS COM PAULO BRAZIL

Algumas imagens registradas com perplexidade durante a visita, dia 16 de dezembro, com o arq. Paulo Brazil para percepção da dimensão do desastre.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Audiência Pública na Assembléia Estadual!

Acontece nesta terça-feira, 23 de dezembro, uma audiência pública promovida pela Assembléia Estadual para discutir a situação dos desabrigados pelas cheias e deslizamentos, sendo Blumenau e Itajaí os municípios com maior número de atingidos. A audiência será presidida pela Dep. Ana Paula (PT)e terá a participação de moradores destas regióes atingidas, que poderão se deslocar até Florianópolis através dos ônibus patrocinados pela ALESC. O GEU-BLUMENAU estará presente com um representante. Num momento em que o Governo do Estado institui o Grupo de Estudo sobre o Desastre é fundamental que estejamos atentos e participando das discussões, para barrar, por exemplo, qualquer tentativa de se aprovar o famigerado Código Florestal Estadual, que flexibiliza várias exigéncias em relação aos recuos do rios, construção em encostas e áreas de preservação. Se estivesse em vigor, certamente a tragédia teria sido muito pior, para afirmar isso nem é preciso Grupo de Estudos.

Função Social da Propriedade

Inicia a partir deste post uma série que pretende socializar alguns princípios e diretrizes do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001), começando pela função social da propriedade, definição já prevista na Constituicão Federal e no Estatuto da Cidade. Esse instrumento não precisa assustar os proprietários de terrenos e imóveis subutilizados ou vazios, desde que tal situação não esteja prejudicando a sociedade e a cidade. Não podemos mais aceitar, em pleno século XXI, vazios urbanos apenas "engordando", termo utilizado para descrever a valorização destes lotes a partir do crescimento da cidade e implantação da infra-estrutura, cujos custos são socializados e pagos por todos nós e a valorização daquele imóvel vai apenas para o bolso do proprietário. Nesta altura da vida de nossa sociedade não se pode tolerar mais a especulação imobiliária, principalmente se esta ocorrer em detrimento de melhores condições de vida urbana para todos.
Todos devem erguer esta bandeira, nossa reconstrução deve estar baseada em princípios democráticos e avançados, para cidades do século XXI e não do passado. A imprensa tem um papel fundamental e não se deve deixar pautar de forma parcial, talvez seja possível que o Brasil olhe para nosso exemplo de transparência, democracia e participação. O PROXÍMO ASSUNTO SERÁ: O DIREITO DOS DESABRIGADOS MORAREM NO CENTRO DA CIDADE!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Audiência Pública expõe as dificuldades dos desabrigados

Aconteceu nesta quinta-feira a primeira audiência pública para discutir a situacão dos desabrigados e os caminhos para resolver a situacão habitacional no município. Muitos foram os problemas relatados, desde os mals tratos nos abrigos, até o descaso do poder público, que até o momento náo havia recebido os desabrigados para uma reunião sequer, enquanto os empresários já foram convidados para 3 reuniões. Neste momento todos devem ser ouvidos, as decisões sobre o futuro da cidade e quais escolhas faremos devem prever a participacão de todos, sem excessão. A arq. Sonia Roese, representou na mesa diretora dos trabalho o IAB-BLUMENAU, fazendo uso da palavra para defender um novo modelo de planejamento ambiental e habitacional. Christian Krambeck defendeu um pacto pela reconstrucão, pautado pela participacão popular direta, transparência e gestão integrada, envolvendo todas as esferas de governo e a sociedade civil. Estiveram presentes ainda a presidente da COHAB, o secretário de planejamento, representante da Caixa, dep. Ana Paula Lima, ver. Vanderlei entre outras liderancas e representantes, além é claro, de muitos desabrigados e movimentos sociais que se apropriaram do espaco, proporcionando um debate bastante acalorado e polêmico, mas de grande valia para a continuidade dos trabalhos e decisões políticas.

GEU participa do Encontro dos Desabrigados

O GEU-BLUMENAU participou, nesta quarta-feira, do primeiro encontro de desabrigados, organizado pelo Fórum dos Movimentos Sociais, sindicatos e demais movimentos. Estiveram presentens mais de 50 moradores que perderam seus lares e ficou claro que nenhuma decisáo em termos de planejamento, habitacao ou abrigos temporários pode ser tomada sem a participacao direta destes cidadaos. As principais reclamacões foram em relacão ao tratamento dispensado nos abrigos: desvio das melhores doacões, humilhacóes, controle excessivo, falta de autonomia para os desabrigados e falta de informacóes. O coordenador do GEU, arquiteto Christian Krambeck se manifestou ao final das falas falando da importância dos desabrigados se organizarem para cobrar um processo participativo; afirmou ainda que o IAB está firmando um convênio com a Prefeitura e que este preverá a participacão dos moradores nas decisões e nos projetos habitacionais. Afirmou ainda que é fundamental lutar não apenas por um teto, mas por uma casa adequada ao perfil de cada um, localizada num local com toda a infra-estrutura e próximo ao sistema viário, com áreas de lazer e cultura. Os desabrigados são os atores principais do processo e devem participar desde o início, apenas assim aproveitaremos a oportunidade para repensar a cidade.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Convênio IAB-PREFEITURA para uma cidade melhor!

Deve ser definido até está sexta-feira o Convênio a ser firmado entre o IAB-BLUMENAU e a Prefeitura de Blumenau para que os arquitetos possam a partir de uma grupo executivo de trabalho desenvolver um trabalho de organização das informações e demandas dos vários órgãos municipais, regionais e dos desabrigados; construção participativa das diretrizes urbano-habitacionais, realização de um seminário sobre habitação e planejamento, capacitação dos arquitetos interessados em participar; coordenação das equipes de projeto; avaliação permanente e registro de todo o processo e da metodologia, além dos resultados de projeto e acompanhamento da obra (para garantir a integridade dos projetos). Houve uma reunião na segunda-feira onde estiveram presentes os arquitetos Christian Krambeck, Rael Belli, Sonia Roese, Paulo Brazil e Jonas Franz (representando a Prefeitura), vale destacar que o Prefeito já deu seu aval pessoalmente e destacou a importância e a necessidade desta parceria.
Só será possível planejar a cidade e reconstruí-la a partir de parâmetros equilibrados e sustentáveis se os órgãos públicos tomarem decisões efetivas e implementares ações concretas. Não há mais espaço para retórica ou ações meramente propagandísticas, e pelo visto todos estão vendo isso.

Mais imagens do Lançamento do GEU

Membros da direção regional do IAB, responsáveis pelo sucesso do evento, junto com outros integrantes do IAB.

Lançamento do GEU foi um sucesso e emocionou a todos!

Talvez o lançamento do GEU, que aconteceu ontem na Casa do Arquiteto, possa ser descrito como um evento histórico... Marca um momento muito importante para a cidade e para os arquitetos da região, talvez tenha sido o primeiro passo concreto para a efetivação de um pacto por uma cidade melhor, mais justa, sustentável e bela.
Além da presidenta do IAB-BLUMENAU, Sônia Roese e do coordenador do GEU-BLUMENAU, Christian Krambeck, estiveram presentes e engrandeceram nosso evento o arq. Hans Broos, Paulo Brazil e o presidente do CREA-SC Raul Zucato. Também prestigiaram o evento o ver. Vanderlei de Oliveira, representando a Câmara; Paulo Mattedi e João Noll pela FURB; Valter Ros, pelo Sinduscon; Eldon Jung, pela ABC; representantes da Prefeitura e da Secretaria Regional, além de mais de 40 arquitetos de toda a região.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Coordenar ações e direcionar energias...

Diante da complexidade do momento, da profusão de necessidades, prioridades, visões, metodologias de trabalho e demandas políticas faz-se necessário coordenar as ações e equacionar o trabalho em torno de objetivos comuns. Os tempos e velocidades são muito diferentes, a população tem necessidades de curtíssimo prazo, a Prefeitura funciona sob uma lógica específica e nem sempre tem condições de atender as expectativas dos desabrigados em termos de velocidade de suas ações; a Universidade tem outro tempo; as entidades empresariais e movimentos sociais também pensam e agem sob diferentes rítmos. Canalizar essas energias diversas em torno de objetivos e diretrizes comuns é essencial para nossa reconstrução. Temos que buscar metodologias indutoras de uma sinergia regional, criar uma instância intermediária entre o poder público e a sociedade civil que possa organizar, articular e coordenar as informações e demandas existente. Na verdade ainda não se sabe qual seria o formato desse novo organismo, mas sabemos que ele precisa ser criado e a partir de uma discussão ampla e democrática.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

LANÇAMENTO GEU!

Seguem de vento e popa os preparativos para o lançamento do GRUPO DE ESTUDOS URBANOS DE BLUMENAU, várias entidades e lideranças já confirmaram sua presença. O lançamento acontece as 19horas, na Casa do Arquiteto - Egon Belz, rua Pastor Osvaldo Hesse, 264 e terá a presença do Arq. Paulo Brazil de São Paulo e Arq. Hans Broos. Acreditamos que estamos passando por um momento especial e sensível, é hora de unir esforços e criar uma comoção social em torno da necessidade de repensarmos efetivamente nosso desenvolvimento e ocupação do Vale do Itajaí. Esperamos poder mobilizar os arquitetos e demais interessados para uma construção coletiva e democrática deste novo paradigma. A hora é esta, já vivemos em pleno século XXI e não teremos outra oportunidade...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

OBSERVATÓRIO DA CIDADE, vamos integrar essa rede?

O Movimento Nossa São Paulo foi lançado em maio de 2007 a partir da percepção de que a atividade política no Brasil, as instituições públicas e a democracia estão com a credibilidade abalada perante a população. Constatamos que é necessário promover iniciativas que possam recuperar para a sociedade os valores do desenvolvimento sustentável, da ética e da democracia participativa. O Movimento pretende construir uma força política, social e econômica capaz de comprometer a sociedade e sucessivos governos com uma agenda e um conjunto de metas a fim de oferecer melhor qualidade de vida para todos os habitantes da cidade. Nosso propósito é transformar São Paulo em uma cidade segura, saudável, bonita, solidária e realmente democrática. Aproximadamente 550 organizações da sociedade civil integram o movimento, que é absolutamente apartidário e inter-religioso, não tem presidente nem diretoria, se constituiu e se expande na forma de rede. Hoje contamos com o apoio de lideranças comunitárias, entidades da sociedade civil, empresas e cidadãos - todos interessados em participar do processo de construção de uma nova São Paulo. Mas o Movimento quer mais. Espera contar com a participação de toda a sociedade para reunir idéias e propor ações que possam contribuir para o desenvolvimento justo e sustentável da cidade em áreas essenciais como Educação, Meio Ambiente, Segurança, Lazer e Cultura, Trabalho, Transporte, Moradia, Saúde e Serviços. Trabalhamos por uma cidade diferente, com base em experiências vitoriosas já realizadas em Bogotá e Barcelona, entre outras. Fazer de São Paulo uma cidade melhor é tarefa de todos. http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/

Rede de Cidades a partir de Bogotá

El ejercicio para la rendición de cuentas que ha venido realizando ‘Bogotá Cómo Vamos’ en los últimos 10 años, ha sido replicado en cuatro ciudades del país: Barranquilla, Cali, Cartagena y Medellín. El objetivo de estos proyectos es generar incentivos para alcanzar transformaciones sustantivas en la forma como se toman las decisiones, en las prácticas tanto políticas como ciudadanas, y en la inversión social hacia un sistema que establezca un diálogo público con base en resultados, estadísticas e indicadores. Debido a lo anterior, se ha conformado la Red de Ciudades Cómo Vamos por medio de la cual no sólo es posible conocer las condiciones y políticas públicas de una ciudad, sino también compararla con los resultados obtenidos en el resto de la Red. La existencia de un marco de referencia conjunto y la posibilidad de establecer comparaciones y estándares puede conducir a efectos importantes sobre las inversiones sociales y a una retroalimentación continua entre las diferentes ciudades que hacen parte de la Red. Igualmente, se está trabajando en articular una Red Latinoamericana que trabaje con las metas, objetivos y metodología ‘Cómo Vamos’ para así consolidar un grupo de ciudades con mejor calidad de vida. De este proyecto formarían parte iniciativas como ‘Río Cómo Vamos’, ‘Nossa Sau Pablo’, ‘Nossa ilha mais bela’ y ’Nossa Teresópolis’, ya que son experiencias inspiradas en el trabajo de ‘Bogotá Cómo Vamos’
http://www.bogotacomovamos.org/scripts/home.php

Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis

Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis foi lançada em encontro realizado em Belo Horizonte no dia 08 de junho de 2008. A rede é composta por organizações apartidárias e inter-religiosas e está aberta a novas adesões. O objetivo é a troca de informações e conhecimentos entre os integrantes para promover o aprendizado mútuo, o apoio e o fortalecimento de cada experiência local. A missão definida na carta de princípios é “comprometer a sociedade e sucessivos governos com comportamentos éticos e com o desenvolvimento justo e sustentável de suas cidades”. A rede não tem dirigentes, mas apenas encarregados escolhidos de comum acordo para realizar determinadas atividades e articular a tomada de decisões, sempre em consenso. Estamos pensando em nos articular para participar através do Observátorio da Cidade
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/

Dignidade e identidade para os abrigos temporários...

Ontem continuaram os trabalhos para a elaboração do projeto arquitetônico e de interiores para os Abrigos Temporários, estiveram presentes a assistente social Karen e a arquiteta Ana Paula Lapoli, além da psicóloga Josiele do Conselho Regional de Psicologia e um estudante de psicologia. Foi um atelier muito interessante de idéias e projetos, avançamos bastante na concepção e seguimos na conclusão hoje do projeto piloto para apresentar ao Prefeito na sexta-feira. A posição do IAB é a partir desse projeto piloto garantir algumas diretrizes básicas de conforto e qualidade do espaço, entre as principais estão: - pensar soluções flexíveis, simples e adaptáveis, considerando que o espaço será gerido com autonomia pelos próprios moradores temporários, que se organizarão em condomínios próprios; - garantir dentro do possível o conforto acústico, de iluminação e principalmente ventilação; - criar espaços a partir de materiais disponíveis e doações; - possibilitar elementos que tragam identidade e referências de localização aos moradores; - pensar soluções seguras em termos de prevenção de incêndio, vigilância sanitária, salubridade etc; - acessibilidade para pessoas com algum tipo de deficiência permanente ou temporária; - criar espaços coletivos e de integração, tais como: sala comunitária, espaço da criança e do idoso, espaços de estar, churrasqueiras na área externa, espaços sombreados de permanência, refeitório humanizado etc. Estas são apenas algumas diretrizes que estão norteando o trabalho, nosso desafio é pensar um espaço inclusivo, integrador e humanizado que seja simples, barato e de rápida execução, ou seja, viável sob todos os pontos de vista.
Não podemos esquecer que se investirmos em espaços equilibrados, dignos e adequados à realidade dos moradores temporários (10 a 12 meses)estaremos evitando problemas maiores durante o funcionamente destes abrigos, o que poderia inviabilizar alguns deles, trazendo problemas muito mais graves e inclusive custos não previstos, principalmente custos sociais. Temos certeza, inclusive pelas conversas já realizadas, que a Prefeitura está sensível em relação ao problema e não poupará esforços para que estes abrigos sejam referência nacional em termos de qualidade, eficiência e simplicidade.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Instituto de Geologia e o planejamento urbano

Necessária esta iniciativa da Prefeitura de propor um Instituto de Geologia, diante da nossa realidade físico-espacial é fundamental estudar e conhecer as características geológicas, geomorfológicas, cobertura vegetal, uso e ocupação do solo etc. Importante que este não seja apenas mais um órgão da estrutura pública a desenvolver estudos isolados e que não se relacionam com todas as outras dimensões da cidade. Apenas com integração e interdisciplinaridade será possível um planejamento urbano equilibrado e coerente; a gestão urbanas e as intervenções devem ser dirigidas por uma ação integrada de todas as áreas técnicas e administrativas, considerando a relação entre as nossas características ambientais, sistema de mobilidade, uso e ocupação do solo, aspectos sociais, culturais e históricos, paisagem urbana, vocação e desenvolvimento econômico, integração regional, etc. Esperamos que este desastre possa ser um marco para uma nova visão de cidade, uma concepção em consonância com o século XXI.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Novas conexões... com o mundo...

Também estamos articulando a possibilidade de realizar um atelier de desenho industrial e arquitetura efêmera para humanizar, criar mobiliário e equipamentos de apoio para os Abrigos Temporários. A idéia é reunir 60 estudantes e profissionais de arquitetura e design, coordenados pelo Designer argentino Alejandro Sarmiente, para pensar soluções populares a partir de descartes industriais, materiais doados e elementos recicláveis como matéria prima. Também serão criados produtos e processos que os moradores temporários poderão se apropriar e eles mesmos continuar melhorando e qualificando seu espaço. Algumas dessas soluções podem ser incorporadas também nos projetos habitacionais que serão desenvolvidos. www.alejandrosarmiento.com.ar/