sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Recado do FSM ao mundo: Unidade, Integração e Socialismo

Na atividade mais importante de todas as edições do Fórum Social Mundial, os presidentes da Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai e Brasil debateram na noite desta quinta-feira (29) a América Latina e os desafios da crise econômica internacional fazendo o mais contundente contraponto da história do FSM à realização da reunião de Davos. Os presidentes fizeram um chamado à unidade e integração da América Latina para fortalecer os países diante da crise. De Belém, Renata Mielli Chávez disse que 2009 vai ser duro para o mundo, “segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, se perderão 50 milhões de postos de trabalho e a fome deverá crescer e chegar à casa de 1 bilhão de pessoas. Não podemos esperar nada dos outros, mas de nós mesmo”. Isso significa que temos muita haber com política, economia e cenário mundial, nós arquitetos já fomos omissos por muito tempo, isso tudo afeta a todos e precisamos nos posicionar em relação aos problemas da humanidade. Não basta olhar apenas para as cidades, para o urbano, mas temos que pensar soluções globais, mesmo que a ação seja local!
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=50247

Começam os trabalhos habitacionais!

Aconteceu ontem uma reunião decisiva entre o IAB e a Prefeitura de Blumenau, onde o secretário de planejamento, Valfredo Balistieri confirmou o interesse do Prefeito e a efetivação da parceria com o IAB-BLUMENAU. Serão assinados na semana que vem o convênio englobando a elaboração das diretrizes e projetos dos Abrigos Temporários (já em andamento) e a organização do Seminário de Estratégias Habitacionais (também apoiado pelo Ministério das Cidades e IAB-DN). Será firmado um contrato para cooperação técnica onde o IAB irá participar da elaboração e articulação da Estratégia Habitacional de Interesse Social de curto e médio prazo, ajudando a criar uma infra-estrutura e metodologia para contemplar a complexidade e diversidade do momento; além de definir de forma participativa as diretrizes urbanas e arquitetônicas que serão seguidas em seguida, na elaboração dos projetos habitacionais. Estes serão objetos de um Termo de Compromisso Geral, sendo que a cada terreno definido o IAB será contratado. Os critérios para que os arquitetos participem serão definidos a partir de agora, de antemão um dos critérios será a participação no Seminário, início de março, e em todo o processo participativo. A transparência e democracia, aliádos ao conhecimento técnico serão outros critérios. Parabéns a todos os arquitetos envolvidos, foi uma grande conquista, estamos fazendo parte deste momento importante para a cidade, faremos tudo que estiver ao nosso alcance para garantir uma moradia digna aos desabrigados.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Prefeito reconhece Movimento dos Atingidos pelo Desastre - MAD

Aconteceu nesta quarta-feira, uma reunião entre o Prefeito e a coordenação do Movimento dos Atingidos pelo Desastre, foi um momento histórico e promete render bons frutos na luta por moradia e pela reforma urbana, tornando a cidade mais democrática e justa; fazendo valer a função social da propriedade e da cidade. Houve grandes avanços concretos:
- o Prefeito reconheceu o movimento como legítimo representante dos desabrigados e estabeleceu uma agenda de reuniões; - o Prefeito aceitou e reconheceu a importancia da participação direta dos desabrigados em todas as decisões e na elaboração dos projetos, inclusive na escolha dos terrenos; - o Prefeito assumiu o compromisso de construir 5 mil casas; - todas as pessoas que perderam suas casas serão contempladas, independentemente de serem proprietárias, locatárias ou morar de favor; sejam área regulares ou não;
Foram vários outros compromissos assumidos e todos saíram satisfeitos, pelo menos com os discursos, é claro que tudo dependerá da prática e da ação, mas o que interessa é que demos mais um passo na direção de uma cidade melhor. Podemos contar com o Estatuto da Cidade e o Fórum Nacional de Reforma Urbana para balizar todas as ações, que devem ser conjuntas e respeitar os critérios técnicos para garantir moradias dígnas, confortáveis e bem localizadas. O GEU e o IAB estão tendo um papel importante em todo esse processo, nós arquitetos estamos do lado da boa técnica e defendemos que os projetos sejam participativos, queremos contribuir com nosso conhecimento técnico ouvindo os desabrigados, que são os maiores interessados e devem se organizar e se unir para garantir um lar ideal para os próximos 30 anos. PARABÉNS A TODOS, ESTAMOS CONSTRUÍNDO UM CAMINHO PARA UMA CIDADE MELHOR E MAIS DEMOCRÁTICA!
www.reformaurbana.org.br

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Palestra inaugural do Grupo de Meio-Ambiente – AHK Blumenau:

O GEU participa hoje de um encontro na Deutsches Haus para o lançamento do Grupo de Meio-Ambiente – AHK Blumenau, na ocasião haverá uma palestra técnica com Juares José Aumond - Geólogo pela UFRGS; Mestre em Geógrafo pela UFSC; Doutorado em Eng. Civil pela UFSC. Pretendemos estabelecer uma interface entre o GEU, o OBSERVATÓRIO DA CIDADE e este grupo recém formado, uma de nossas intenções é desenvolver ações conjuntas potencializando as características e qualidades de cada grupo. A relação histórica e cultural existente entre nossa região e a Alemanha abre grandes potencialidades culturais, técnicas, econômicas e sociais, esperamos que esta aproximação possa render bons frutos para a cidade. Devemos lutar pela globalização da solidariedade e de soluções para tornar as cidades mais humanas, respeitadas as características e diferenças de cada região.
Aproveitamos para parabenizar a iniciativa, muito bem vinda e necessária diante do caos urbano e ambiental das cidades e dos problemas específicos de nossa região.

Fórum Social Mundial!

Telas múltiplas de cores e vozes, somadas num movimento de protesto e celebração. Esse foi o cenário que abrigou a marcha de abertura do Fórum Social Mundial 2009, nesta terça (27), em Belém do Pará. Mais de 80 mil pessoas de 150 países entoaram palavras de ordem e canções que denunciam o amargo preço que os trabalhadores vem pagando pela crise das elites econômicas. Enlaçada à marcha esteve a defesa da floresta amazônica. Paralelo ao Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suíça, o FSM abre com a expectativa de ações concretas por uma alternativa racional à selvageria do neoliberalismo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Vídeo sobre ciclovias postado por um de nossos colaboradores

Não deixe de ver esse vídeo: ciclovias para as cidades que queremos, excelente para ser mostrado nas reuniões. Um exemplo de ciclovias na cidade de Bogotá. " Estava pensando no que disse Vinicius: “a vida é a arte do encontro” . Se ele estiver certo, acho que estamos vivendo menos escondidos atrás de uma quantidade desnecessária de metal e vidro. Em todos os sentidos. Falamos menos com as pessoas da nossa comunidade; olhamos menos para o ambiente que nos cerca; deixamos de cultivar a amizade e a camaradagem. Sem falar nas surpresas do dia-a-dia… Um encontro surpresa numa caminhada costuma terminar em um sorriso ou aperto de mão; um encontro surpresa no trânsito muitas vezes tem um desfecho menos agradável, com dois carros colidindo a muitos quilômetros por hora…". Coloque o vídeo no blog
http://br.youtube.com/watch?v=WFmR9q1RsUU&eurl=http://www.gpfreitas.com/?p=25

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Observatório da Cidade vira realidade! Estamos juntos!

Foi muito intensa e objetiva a reunião que lançou a idéia da criação do OBSERVATÓRIO DA CIDADE, estiveram presente os arquitetos Christian Krambeck, Carla Tomaselli e Alfredo Lindner, o Eng. Florestal Julio Refosco, o advogado Nicolau Cardoso Neto, o assistente social Paulo Rodrigues, o industrial Eldon Jung, os ativistas ambientais e cicloviarios Renato Junge e Wilfredo Boos e a criança Nuno Tomaselli Refosco, símbolo da necessidade de agirmos por cidades mais humanas e sustentáveis. A primeira questão foi justamente essa: o que são cidades mais humanas? A compreensão deste significado e a definição de estratégias para a concretização deste objetivo são os primeiros passos do grupo. Foi concenso manter o nome de Observatório da Cidade, que será uma instância coletiva, um grupo técnico multidisciplinar que fará estudos rápidos e oferecerá posições técnicas sobre as questões urbanas diversas; esses posicionamentos e propostas irão conformando um novo projeto para a cidade, algo que estamos carente a muito tempo. Outra questão foi manter o foco, não sobrepor outras iniciativas, instituições e grupos já existentes, cada um tem sua função e sua autonomia; a idéia é criar uma infra-estrutura para canalizar, direcionar, potencializar as energias já existentes e não tentar ficar inventando a roda. De qualquer maneira a definição dos objetivos do grupo e seus princípios fundantes serão discutidos na PRÓXIMA REUNIÃO, na próxima quinta-feira, dia 29, as 19hrs. Todos estão convidados para esse desafio!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

OBSERVATÓRIO DA CIDADE

Acontece hoje, no Senai, 19h, sala c3, uma reunião para discutir a criação do OBSERVATÓRIO DA CIDADE, uma instância de discussão e articulação que pretende propor e cobrar ações do poder público e sociedade em geral que visem uma cidade mais humana e sustentável. Será um movimento aberto a todos que concordem em participar desta luta com estes objetivos. Aguardem mais informações e os próximos capítulos...

MOVIMENTO DOS ATINGIDOS PELO DESASTRE

Aconteceu hoje, 14 horas, na Praça da Figueira em frente à Prefeitura, o Ato Público que lançou o MAD - Movimento dos Atingidos pelo Desastre. O movimento representa os atingidos e conta com ampla participação, a principal reivindicação é que o Prefeito atenda uma comissão para negociar. Nada mais justo, na medida que o Prefeito já teve várias reuniões com os empresários, é natural ouvir os cidadãos diretamente envolvidos. Para que tenha legitimidade o processo e as estratégias habitacionais devem ser participativas desde o início e quando usamos este termo não se trata apenas de realizar reuniões, mas oficinas, comissões de acompanhamento dos moradores, assessoria técnica etc. O prefeito não estava presente e agendou uma reunião para a terça-feira, quando haverá um novo ató público em praça pública. Em seguida houve uma passeata pela rua 7 de Setembro e rua XV de Novembro, com grande curiosidade e apoio popular. O GRUPO DE ESTUDOS URBANOS defende como um de seus princípios o projeto participativo e criação coletiva, o arquiteto pode articular o processo de desenho urbano e planejamento, mas são as pessoas que conhecem suas próprias necessidades, expectativas e sonhos...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Coragem e mobilidade!

O Editorial do JSC de hoje aborda um tema muito importante e caro aos arquitetos, a questáo da humanização das cidades, mais especificamente trata da mudança de paradigma no trânsito das cidades de porte médio e grande. É um indicativo da postura que nossos governantes devem adotar, pensando e agindo com mais criatividade, estatura política e coragem; tomando decisões de impacto positivo e amplo no nosso dia a dia urbano, decisões de grande repercussão baseadas em políticas públicas em sintonia com o século XXI e com as necessidades e características de cada região. Para ilustrar cito alguns exemplos singelos: criar uma estratégia radical de mobilidade não motorizada e de transporte coletivo, com ciclovias interligadas, seguras, confortáveis e práticas; estacionamentos de bicicletas e carros contíguos aos terminais urbanos; implantação de um sistema público de bicicletas urbanas; desapropriação e criação de espaços públicos (praças e parques) ao londo deste sistema cicloviário, onde o ciclista e pedestre pudessem parar para descansar, praticar esportes, ler, meditar e socializar. Resumindo, não adianta pensar de forma isolada, com medidas pontuais e desconectas, é preciso planejar a curto, médio e longo prazo e começar a implantar o sistema imediatamente, com medidas ágeis. Talvez seja a hora de pensar de uma outra forma, exigir representantes políticos mais ligados à nossa realidade e nossas necessidades, governantes criativos e flexíveis, dispostos a construir um grande projeto para suas cidades, mesmo antes de eleitos; um projeto coletivo, amplo e participativo, que expresse as expectativas de todos e apontem para um caminho comum, em sintonia com a vocação da região.
fonte imagens internet: ceraunavolta.wordpress.com reciclocidade.wordpress.com QUEM TIVER IMAGENS PODE ENVIAR PARA O BLOG, UMA DAS ATIVIDADES QUE QUEREMOS DESENVOLVER NO GEU É UM BANCO DE IMAGENS DE BOAS SOLUÇÕES URBANAS, ALÉM DE UMA REDE DE CONTATOS E PARCERIAS.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ELEMENTAL!

Em entrevista a Revista Projeto (janeiro 2009) Alejandro Aravena se mostra um arquiteto do século XXI, aliás, um arquiteto em sintonia com as demandas sociais e ambientais, com as necessidades e expectativas deste século que ainda não começou... É simplesmente uma lição de como operar e criar um negócio sustentável mantendo a criatividade, a busca, a exploração e o desafio aos limites. Para a mediocridade reinante fica o alerta: ter um negócio ou empresa lucrativa não significa se enquadrar às regras do século passado e engessar o processo criativo, ao contrário, um dos principais e mais valiosos ativos deste novo século será, sem dúvida, a criatividade, articulada através de uma rede de relacionamentos e expertises e atuando em vários níveis sociais, sem preconceitos ou frescuras.
http://www.elementalchile.cl/ Creio que o momento específico pelo qual passamos aqui em Santa Catarina nos permite abrir novos horizontes, novas possibilidades, desde que nos organizemos e tenhamos metas comuns. A concorrência existe e pode ser saudável, mas não deve ser sobrepor à cooperação. Parece que os arquitetos de Blumenau (IAB, GEU e outros) estão dando um bom exemplo de que é possível, mesmo que seja apenas o primeiro passo. Sugiro que acessem o site da Elemental, acima, e naveguem com prazer.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Convênio IAB - PREFEITURA BLUMENAU

O IAB e o GEU-BLUMENAU trabalharam intensamente nas últimas 2 semanas para formatar uma proposta de convênio com a Prefeitura de Blumenau, a idéia é atuar desde a elaboração do projeto dos Abrigos Temporários, já em execução, passando pela organização de um seminário habitacional e assessoria para a organização das informações, diagnóstico sobre a situação atual, articulação e coordenação e definição de diretrizes; ou seja, auxiliar no desenvolvimento da Estratégia Habitacional de Interesse Social. É fundamental que as ações sejam articuladas e pensadas em conjuntos, interdisciplinarmente, a partir das responsabilidades do poder público e da sociedade civil e suas representações institucionais. Cabe ressaltar que o IAB e o GEU contaram com o apoio da Escola da Cidade-SP, através do arquiteto Paulo Brazil, que esteve presente no lançamento do GEU e aproveitou para visitar alguns locais mais atingidos e participar de uma reunião com a Prefeitura. Esperamos para a semana que vem a finalização das tratativas técnicas e jurídicas e talvez a divulgação oficial e assinatura do convênio e seus aditivos até o dia 24 de janeiro, afinal não nos é permitido perder tempo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Das pedras de David aos tanques de Golias

David, hoje, é Golias, mas um Golias que deixou de carregar com pesadas e afinal inúteis armas de bronze. Aquele louro David de antanho sobrevoa de helicóptero as terras palestinas ocupadas e dispara mísseis contra alvos inermes, aquele delicado David de outrora tripula os mais poderosos tanques do mundo e esmaga e rebenta tudo o que encontra na sua frente, aquele lírico David que cantava loas a Betsabé, encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon, lança a “poética” mensagem de que primeiro é necessário esmagar os palestino para depois negociar com o que deles restar. Em poucas palavras, é nisto que consiste, desde 1948, com ligeiras variantes meramente tácticas, a estratégia política israelita. Intoxicados pela ideia messiânica de um Grande Israel que realize finalmente os sonhos expansionistas do sionismo mais radical; contaminados pela monstruosa e enraizada “certeza” de que neste catastrófico e absurdo mundo existe um povo eleito por Deus e que, portanto, estão automaticamente justificadas e autorizadas, em nome também dos horrores do passado e dos medos de hoje, todas as acções próprias resulatantes de um racismo obsessivo, psicológica e patologicamente exclusivista; educados e treinados na ideia de que quaisquer sofrimentos que tenham infligido, inflijam ou venham a infligir aos outros, e em particular aos palestinos, sempre ficarão abaixo dos que sofreram no Holocausto, os judeus arranham interminavelmente a sua própria ferida para que não deixe de sangrar, para torná-la incurável, e mostram-na ao mundo como se tratasse de uma bandeira.
Retirado do belíssimo blog de José Saramago em http://caderno.josesaramago.org/2009/01/08/das-pedras-de-david-aos-tanques-de-golias/

Palestina Livre!

É impressionante que em pleno século XXI ainda não nos tenhamos dado conta de que qualquer situação de violência, de guerra, conflitos e agressões é totalmente inadmissível, desumana mesmo; ou pior, desumanizadora... Creio que as agressões e crimes de guerra perpetrados por Israel contra os palestinos são sinais de decadência da própria humanidade, não podemos nos calar ou deixar de nos indignar, sejamos advogados, embaixadores, arquitetos, cidadãos ou políticos! Independente de sermos judeus, muçulmanos, católicos ou budistas devemos condenar de forma veemente o que vem ocorrendo lá, defendendo a coexistência pacífica entre os estados de Israel e da Palestina, ambos já autorizados por várias resoluções da ONU. Inclusive fica o alerta, se todas as resoluções da ONU fossem cumpridas a maior parte dos problemas estaria resolvido, mas é claro que os interesses econômico ilegítimos, como a venda de armas estadunidense para os israelenses e o interesse geopolítico falma mais alto que a vida de crianças, mulheres e idosos; civís inocentes que morrem aos milhares para provar que não somos dígnos de ser chamados de cidadãos!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Avisos!!!!

Mais uma enxurrada atinge Blumenau, mais um aviso dos tantos que a natureza já nos enviou. Até quando vamos olhar para os céus e creditar as ocorrências a causas naturais ou divinas? Está na hora de assumirmos nossas responsabilidades! Somos nós que causamos o efeito estufa, as mudanças climáticas, a poluíção, o caos urbano, cidades dominadas pelos carros etc... É grande a irresponsabilidade com as cidades e a produção do espaço urbano, os interesses individuais e privados sempre se sobrepõe aos coletivos e públicos, mas um dia a natureza e a sociedade cobram a fatura, queiramos ou não. Infelizmente são as dezenas de desabrigados pelos deslizamentos e os comerciantes e moradores da Fortaleza que sofrem as consequências diretas de nossa incompetência em planejar e gerir as cidades. Alguns exemplos: cidades pensadas apenas para os carros, tubulações antigas e menores que o necessário, desmatamentos, construções próximas de rios e córregos (caminho natural da água), terrenos impermeabilizados, aterros indiscriminados etc, etc. Ou seja, permitimos tudo, olhamos a questão apenas pelo prisma do direito individual, da propriedade privada, assim não nos parece justo não permitir que cada um faça o que quiser, onde quiser, desde que seja o proprietário do terreno. Mas, infelizmente não percebemos que as consequencias são nefastas e amplas; o custo social destes equívocos são enormes e pagos por todos nós. Se fôssemos inteligentes em pleno século XXI direcionaríamos estes recursos para materializar uma nova cidade, uma nova região, com áreas públicas, praças e parques lineares ao longo de todo o sistema de drenagem (rios e córregos); abriríamos todas as galerias pluviais enterradas e renaturaríamos os córregos arborizados; construiríamos ciclovias interligando toda a cidade e parques; adensaríamos os corredores de serviço e transformaríamos as áreas dos terminais em pontos estratégicos de articulação urbana, com estacionamentos de carros e bicicletas e muita moradia em volta; pensaríamos em valorizar nossas paisagens maravilhosas de morros e rios; ou seja; tomaríamos a decisão de viver em harmonia entre nós e com a natureza, respeitando sua dinâmica e repensando nosso desenvolvimento com respeito ambiental e social, muito diferente do que fizemos até agora!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Habitação como prioridade de governo

Pela primeira vez na história de Blumenau Habitação de Interesse Social pode se tornar uma prioridade de governo, é o que afirma o prefeito João Paulo Kleinubing, em entrevista no Jornal de Santa Catarina do dia 30 de dezembro. Vale lembrar que o atual governo estava deixando muito a desejar em termos de políticas públicas para a habitação, que, todos sabem, não se trata apenas de construir casas, mas todo um conjunto de ações integradas visando proporcionar um lar com dignidade e qualidade de vida, integrado à cidade e todos os seus benefícios. O GEU-BLUMENAU espera que essa intenção realmente se concretize, Habitação passe a ser prioridade e seja tratada de forma articulada com o planejamento urbano, já que a implantação de conjuntos habitacionais gera uma série de consequencias no território urbano e estes tem que ser previstos e trabalhados para melhorar a cidade como um todo, oferecendo moradias de qualidade, dotadas de infraestrutura, equipamentos de lazer e organização comunitária. O IAB-BLUMENAU está propondo uma parceria com a Prefeitura para contribuir na elaboração e articulação da estratégia habitacional de uso e ocupação do solo urbano. Estamos realmente diante de uma grande oportunidade, temos convicção de que se a reconstrução for feita de forma transparente, participativa e democrática poderemos colher bons frutos a médio e longo prazo; e resolver o problema principal que é dar um lar verdadeiro para todas as pessoas atingidas.